![Reflexões sobre o suicídio [Reflexões sobre o suicídio ]](https://salvadornoticias.com.br/fotos/artigos/84/IMAGEM_ARTIGO_1.jpg?v=777e1b069dd15a6)
CRÔNICAS DA CIDADE
2020 - 88. Ano VIII
J. R. MÔNACO
Bacharel em Direito. Consultor
Político, Testemunha Ocular da
História.
“Quanta tristeza em nossos corações. A vida é
mesmo assim, não sabemos se tudo isso é o fim
de uma era ou o começo de uma outra, mais
desoladora e difícil de suportar”.
Rubem Braga
COM FÉ E PERSEVERANÇA
CAMAÇARI VENCERÁ
Tecendo considerações sobre o “Novo Corona Vírus” conclui-se que o homem durante os anos da sua existência vem enfrentando diversos tipos de doenças e enfermidades, manifestas através de surtos de determinadas doenças como as conhecidas gripes.
Leve-se em conta o retorno constante de enfermidades como é o caso da febre amarela na região amazônica, a proliferação da Dengue, Zica, a Chicunguya, a própria AIDS, a Influenza, que tanto tem castigado a população brasileira atingindo principalmente as pessoas mais pobres.
Ainda em busca de explicações, as epidemias caracterizam-se quando um surto acontece em diversas regiões e o crescimento da doença alcança limites além do esperado. Por sua vez, a endemia é reconhecida quando uma ou várias doenças endêmicas típicas de uma região, tornam-se frequentes no local até a sua erradicação.
PANDEMIA
Os habitantes do “Planeta terra” jamais imaginaram passar por tamanho sofrimento no combate a este inimigo invisível que vêm tirando a paz e o sossego da humanidade, causando mortes e destruição.
Quis o destino que nos deparássemos com o inesperado, principalmente quando a nossa Camaçari tomava novos rumos e certeza de dias melhores. De repente o ano 2020 nos surpreende com a Pandemia que afetou o resto do mundo.
Recomendada a não sair de casa, a população de um modo geral sofre com a cidade vazia, a inércia passou a fazer parte do cotidiano com dias iguais, sem rumo e com restritas atividades.
APREENSÃO
Apreensivo, o cidadão vive um dos seus difíceis momentos. Os empregos começam a ficar escassos, demissões, as fábricas desativaram parcialmente as suas atividades e a população menos favorecida já passa dificuldades, o seguro desemprego cresce desenfreadamente.
A vida é um acerto de contas, depende do tempo que você vai durar, quanto mais tempo melhor. A cidade com ruas desabitadas, comercio e lojas fechados, clínicas, restaurantes, barbearias, academias, igrejas, repartições públicas com restrições aos serviços essenciais.
A eficácia dos decretos do executivo municipal; alguns tem sido bem interpretados outros não. Enxergando a gravidade da moléstia a rede escolar está sem previsão de retorno com possibilidade de ano perdido.
É provável que festas populares, lavagens, Camaforró, festas de São João, aniversário da cidade (28 de setembro), “Umuarama” e outros eventos não se realizem. Já se fala em adiar o próximo Carnaval.
Como se não bastasse, a “Pandemia” provavelmente influenciará também na realização das próximas eleições municipais marcadas para 04 de outubro vindouro, correndo o risco de serem adiadas por causa da “Novo Coronavirus”.
A ideia é que elas sejam realizadas ainda este ano no dia quinze de novembro, evitando prorrogação de mandatos. Com o avanço da doença o calendário ficou apertado e poderá trazer consequências às campanhas políticas, convenções, comícios e reuniões.
SOLIDARIEDADE
Há de reconhecer-se que o poder público comandado pelo Prefeito Antônio Elinaldo, auxiliado pela Câmara dos Vereadores, não tem poupado esforços para atender as necessidades do povo, acompanhando-as na assistência medica, cestas básicas, remédios, bolsa família, auxilio emergencial e outras medidas de socorro e palavras de fé.
O desencontro de pontos de vistas da própria sociedade tem atropelado medidas administrativas. A realidade do momento atual demonstra que teremos ainda um longo processo de reequilíbrio das ações ligadas `ao enfrentamento da Pandemia. Entretanto, as diretrizes e atos coletivos ou individuais deverão nortear o futuro; e de uma coisa estejam certos, o mundo jamais será o mesmo. Vamos lutar pela sobrevivência.
O OUTRO CAMAÇARI
Nosso Camaçari possui um arquivo indelével de fatos históricos conjugados com o folclore que a eternidade não conseguirá apagar, tendo como ponto de partida a criação pelos jesuítas da Aldeia do |Espirito Santo, Vila de Abrantes, até chegarmos aos dias de hoje.
Nos idos de 1920, com a decadência da cana de açúcar foi introduzida a cultura do côco e o impulso da produção de carvão e da Piaçava. Na década de 1930 deu-se a construção da primeira estrada de barro da Bahia (Salvador - Feira de Santana via São Sebastião do Passé).
Assim, vestígios de desenvolvimento paulatinamente foram aparecendo. A qualidade medicinal de suas aguas muito contribuiu para o tratamento de saúde, a pesca se expandiu.
Em 1965 é anunciada a instalação do primeiro barracão de obras da Cia. Petroquímica de Camaçari ( a chamada Petroquímica), anos depois em 1972 era definitivamente implantado o nosso Polo Petroquímico, iniciando a sua operação em 1978, o número de habitantes cresceu, novos bairros foram aparecendo os operários que tralharam na obra não foram embora e resolveram morar em Camaçari. A partir dessa época a história de Camaçari mudou por completo.
No decorrer dessas décadas novas demandas foram aparecendo acompanhadas das vicissitudes que a vida nos impõe.
Ao final, o nosso ideal seria escrever uma crônica retratando em linhas gerais o passado de Camaçari em detrimento ao quanto disposto no contexto atual. Uma cidade cheia de perspectivas, possuidora de vários alternativas de trabalho e plagiando Pero Vaz de Caminha dizemos “A terra é rica e generosa e em se plantando tudo dá”.
O Polo Petroquímico, Parque automotivo, fabricas de pneus, Centro Industrial com fábricas de pequeno porte, turismo, grandes supermercados, rede escolar intensa, lavoura, assistência médica, núcleos habitacionais, enfim a grande cidade.
Em qualquer área é só perguntar se temos estas particularidades. e a resposta evidentemente será positiva.
Os parâmetros contudo por si, são explicativos e com fé e perseverança Camaçari vencerá, clamando pela proteção Divina e com esperança na vacina!
Um abraço.
J. R.Mônaco